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21-09-2005

Bombeiros reclamam reorganização da Lei Orgânica


Vagos

Críticas aos governantes e à forma como tem sido gerida a mediática questão dos fogos florestais, foram lançadas, no último domingo, pelo presidente da direcção dos Bombeiros de Vagos, no decorrer do 77º aniversário daquela associação.

“Deixem de assobiar para o lado”

Profundo conhecedor da situação, António Castro, que realçou e agradeceu o contributo financeiro e disponibilidade «diária» da autarquia, e de outras entidades concelhias, admitiu que, no caso dos fogos florestais, o Governo deve tomar medidas, para gerir a floresta «como ela merece».

«Enquanto não for bem gerida, arranjemos os bombeiros, as viaturas e os meios aéreos que quisermos, estes nunca serão suficientes», sustentou aquele dirigente. E acusou todos os políticos «sem excepção», de serem, «por acção inadequada ou omissão», responsáveis pelo que tem acontecido nos últimos anos em Portugal, em matéria de fogos florestais.

A solução, segundo António Castro, passa por uma efectiva participação dos governantes nas acções concretas que devem ser tomadas. E «deixem de assobiar para o lado», assinalou, acrescentando que «é triste» assistir à atitude de alguns políticos, sempre que utilizam argumentos para «atacar» os adversários.

Em sintonia com o comandante da corporação vaguense, Ricardo Fernandes, que antes tinha reclamado a criação de centrais a nível distrital, de que fizessem parte todos os intervenientes que prestam socorro em Portugal, também o presidente dos Bombeiros de Vagos se disse adepto da tipificação «clara e transparente».

Um plano que informe que tipo de apoios vão receber, por exemplo, os corpos de bombeiros numa legislatura, especificou António Castro, para quem o tipo de subsidio-dependência «não é salutar para ninguém».

Gestão e controlo

Ainda segundo aquele dirigente, a Administração Central «tem ainda muito para fazer», e não pode demitir-se das suas funções de controlo. Desde logo, para inspeccionar os corpos de Bombeiros e a própria gestão das associações, disse António Castro, argumentando não ser aceitável que, por exemplo, os bombeiros «possam comprar viaturas e equipamentos que querem conforme os apetites e por vezes as vaidades dos senhores comandantes ou directores».

«Nunca haverá boa gestão sem controlo», acrescentou, ao admitir que «algo tem que mudar, porque «isto de sermos instituições de utilidade pública e não prestarmos contas a ninguém não me parece adequado».

Por último, o presidente dos Bombeiros de Vagos, viria a classificar de «ordinarice» as mais recentes declarações do ex-ministro, Sevinate Pinto, que no decorrer de um programa televisivo, a propósito da temática dos fogos florestais e da floresta, colocou em dúvida a transparência da gestão das associações de bombeiros voluntários.

Exigindo o efectivo controlo das acções e da forma de gerir, por parte da Tutela, António Castro disse que é tempo de acabar com todas as suspeições sobre a matéria que «andam por aí». «É muito importante que o Estado o faça», referiu, a propósito.

No decorrer da sessão solene, usaram ainda da palavra o presidente da Câmara de Vagos, Rui Cruz, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, António Castro Valente, e Jorge Oliveira, da Mesa da Assembleia Geral.

Presente nas comemorações esteve ainda o Governador Civil de Aveiro. Neto Brandão, que apresentou cumprimentos e passou revista à formatura, viria a ausentar-se pouco tempo depois, em virtude de ter sido activado o Centro Distrital de Operações de Emergência.

As comemorações do 77º aniversário tiveram início pela manhã, com o hastear das bandeiras e romagem aos cemitérios de Vagos e Santo António. Iniciada em 2004, a rotatividade da missa levou este ano os bombeiros à freguesia de Sosa, onde na Igreja Matriz foi celebrada a Eucaristia, pelo Reitor daquela localidade, padre Fernando Pinto.

Cinco novas viaturas

Cinco novas viaturas, 2 ambulâncias, dois veículos de combate a incêndio e uma viatura de comando, foram, entretanto, inauguradas e benzidas no decurso da efeméride. Tratou-se, conforme assinalou Ricardo Fernandes, de um contributo valioso só possível pelo «empenho de uma direcção muito especial». O comandante dos BVV, que aproveitou agradecer o empenhamento de todos, e em particular da autarquia, no combate ao fogo florestal que durante quatro dias assolou Vagos, reconheceu que a «devoção e lealdade» do seu Corpo Activo são, felizmente, inquestionáveis.

Eduardo Jaques

Distinções honoríficas

Em cerimónia, realizada na parada do quartel-sede, foram impostas medalhas de dedicação e assiduidade, atribuídas aos seguintes bombeiros:

Grau Ouro(25 anos) - Hilário Teles e José António Mouro; Grau Prata (10 anos) - Carlos Ferreira Santos; Grau Cobre (5 anos) - Miguel Simões Fernandes, Francisco Moço Jesus, Paulo carvalhais Oliveira, Fernando Jorge Cheganças e Armando Jesus Peralta.

Por proposta da direcção foram ainda entregues louvores a 17 outros bombeiros, devido ao «incansável apoio, dedicação, espírito de sacrifício e solidariedades», demonstrados na organização do cortejo de 2005.

No decorrer da sessão solene, foram ainda entregues diplomas aos sócios beneméritos, Adérito Neves Louro e Soluções D’Aventura (na pessoa de Hélder Monteiro), conforme deliberado em assembleia-geral, de 31 de Março do corrente ano.


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